quarta-feira, 20 de junho de 2012

"Vagabundo so mar"




(já pus isto como comentário ao 1º texto, mas a verdade é que esta e a outra são mensagens destintas)





Bom dia!

Apesar do blog ser recente, não resisto a partilhar um poema que serviu de texto introdutório ao meu último teste de português é o “vagabundo do mar”, o sujeito poético apresenta-se como uma pessoa corajosa e audaz que não tem metas nem objetivos, vive ao sabor do vento e da maré. Pessoalmente considero a sua atitude um pouco desleixada. Claro que não devemos ficar presos aquilo que nos acontece, seja bom ou mau (aí concordo com o “vagabundo do mar”) por outro lado acho que ele devia ter objetivos, metas, que, como já referi lhe falta. Enfim, vou deixar-me de rodeios e mostrar o poema (gostava que dessem a vossa opinião):



Sou barco de vela e remo

sou vagabundo do mar.

Não tenho escala marcada

nem hora para chegar:

É tudo conforme o vento,

Tudo conforme a maré...

Muitas vezes acontece

Largar o rumo tomado

Da praia para onde ia...

Foi o vento que virou?

Foi o mar que enraiveceu

E não há porto de abrigo?

ou foi a minha vontade

de vagabundo do mar?

Sei lá.

Fosse o que fosse

não tenho rota marcada

ando ao sabor da maré.

É, por isso, meus amigos,

que a tempestade da Vida

Me apanhou no alto mar.

E agora,

Queira ou não queira,

cara alegre e braço forte:

estou no meu posto a lutar!

Se for ao fundo acabou-se.

Estas coisas acontecem

aos vagabundos do mar.



Autoria: Manuel da Fonseca

2 comentários:

  1. Parabéns! Gosto de a ver com metas e objectivos e a criação de um blog pode significar um rumo. Alguns projectos constroem-se alicerçados na vontade, outros surgem ao sabor do vento, sem anúncio prévio; uns maiores outros menores; uns levados a bom porto, outros nem tanto; uns planeamos, outros tropeçamos neles. Por outras palavras, há projectos que dependen de nós , outros são-nos lançados como desafios às nossas forças e à nossa capacidade de resistir. Uns comandamos, a outros adaptamo-nos. Ou se calhar acontece tudo isto num turbilhão e temos de rodopiar ao sabor das ondas, do vento e das marés mas tentando sempre imprimir nesse percurso a nossa vontade, a nossa marca. Afinal todos navegamos ora à bolina, ora a remo. Todos somos um pouco vagabundos do mar, .....da Vida.

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  2. Obrigada Senhora Professora!
    Tem razão quando diz que "todos somos um pouco vagabundos do mar, ..... da Vida. Muitas vezes pensamos que a vida nas mãos, mas estamos redondamente enganados e a vida encarrega-se de nos mostrar isso. Contudo não podemos perder a esperança, "Deus escreve direito por linhas tortas"

    Boas férias!!

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