(já pus isto como comentário ao 1º texto, mas a verdade é que esta e a outra são mensagens destintas)
Bom dia!
Apesar do blog ser recente, não resisto a partilhar um poema que serviu de texto introdutório ao meu último teste de português é o “vagabundo do mar”, o sujeito poético apresenta-se como uma pessoa corajosa e audaz que não tem metas nem objetivos, vive ao sabor do vento e da maré. Pessoalmente considero a sua atitude um pouco desleixada. Claro que não devemos ficar presos aquilo que nos acontece, seja bom ou mau (aí concordo com o “vagabundo do mar”) por outro lado acho que ele devia ter objetivos, metas, que, como já referi lhe falta. Enfim, vou deixar-me de rodeios e mostrar o poema (gostava que dessem a vossa opinião):
Sou barco de vela e remo
sou vagabundo do mar.
Não tenho escala marcada
nem hora para chegar:
É tudo conforme o vento,
Tudo conforme a maré...
Muitas vezes acontece
Largar o rumo tomado
Da praia para onde ia...
Foi o vento que virou?
Foi o mar que enraiveceu
E não há porto de abrigo?
ou foi a minha vontade
de vagabundo do mar?
Sei lá.
Fosse o que fosse
não tenho rota marcada
ando ao sabor da maré.
É, por isso, meus amigos,
que a tempestade da Vida
Me apanhou no alto mar.
E agora,
Queira ou não queira,
cara alegre e braço forte:
estou no meu posto a lutar!
Se for ao fundo acabou-se.
Estas coisas acontecem
aos vagabundos do mar.
Autoria: Manuel da Fonseca
Parabéns! Gosto de a ver com metas e objectivos e a criação de um blog pode significar um rumo. Alguns projectos constroem-se alicerçados na vontade, outros surgem ao sabor do vento, sem anúncio prévio; uns maiores outros menores; uns levados a bom porto, outros nem tanto; uns planeamos, outros tropeçamos neles. Por outras palavras, há projectos que dependen de nós , outros são-nos lançados como desafios às nossas forças e à nossa capacidade de resistir. Uns comandamos, a outros adaptamo-nos. Ou se calhar acontece tudo isto num turbilhão e temos de rodopiar ao sabor das ondas, do vento e das marés mas tentando sempre imprimir nesse percurso a nossa vontade, a nossa marca. Afinal todos navegamos ora à bolina, ora a remo. Todos somos um pouco vagabundos do mar, .....da Vida.
ResponderEliminarObrigada Senhora Professora!
ResponderEliminarTem razão quando diz que "todos somos um pouco vagabundos do mar, ..... da Vida. Muitas vezes pensamos que a vida nas mãos, mas estamos redondamente enganados e a vida encarrega-se de nos mostrar isso. Contudo não podemos perder a esperança, "Deus escreve direito por linhas tortas"
Boas férias!!