sábado, 25 de abril de 2020

Dia da Liberdade

Boa noite!
A pandemia de covid-19 desconstrói sociedades tal como as conhecemos, coloca em questão valores fundamentais tidos como garantidos, cujo expoente máximo é a liberdade. Esta é, sem dúvida, a questão que mais me preocupa.
Sou uma acérrima defensora dos Direitos, Liberdades e Garantias consignadas na Constituição da República Portuguesa e acredito profundamente no Estado de Direito Democrático que se rege sob a égide deste documento. Sei que este debate é polémico e controverso mas considero que nada, em circunstância alguma devia pôr em causa esses valores. Assumo-me contra a criminalização, por desobediência, da circulação em espaço públicos durante a pandemia porque considero que essa deliberação deve ser feita individualmente, em consciência e responsabilidade, por cada cidadão.
Aliás, em Dia da Liberdade, questiono-me sobre qual a legitimidade de um governo que promove um evento com dezenas de pessoas, para impedir que filhos e netos quebrem a solidão dos seus familiares idosos, por exemplo no Domingo de Páscoa ou no Dia da Mãe. Faz sentido? Considero que não! É incoerente e desrespeitoso do contrato social que subjaz ao funcionamento da sociedade. É uma afronta a todos nós que temos as nossas vidas suspensas.
Assim, lanço o repto para que adoptemos uma postura socialmente activa sob o signo dos valores de Abril.
Muito obrigada!

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