Uma sociedade convencionalizada e estereotipada

Olá!
Como estão Todos?
Eu não tenho ido às aulas porque estou engripada.
Não sei por onde começar este texto...
Ao ler um livro vieram-me à cabeça alguns episódios insólitos pelos quais já passei. lembrei-me do que me disseram e como reagi...  Cheguei à conclusão que "Vivemos numa sociedade convencionalizada e estereotipada" daí o título do post.
Por exemplo, Porque é que as pessoas partem do principio que quem se desloca numa cadeira de rodas obrigatoriamente tem de não ouvir, não ver, não falar, não aprender, não compreender e até não sentir? Este último já não faz parte daquilo que indirectamente insinuam  a meu respeito quando se dirigem à pessoa que me acompanha, questionando-a sobre mim, como se eu ali não estivesse e por muito que eu tente evidenciar-me, respondendo em tom irónico à pessoa sou pura e simplesmente ignorada, daí concluo a parte do "sentir"... Enfim situações que não é a primeira vez que me acontecem nem há-de ser a última.
Tão mau como ser ignorada e ser considerada inválida, é passar na rua e ouvir comentários do género: "coitadinha, o que é que ela tem? ou ""olha a deficiente", não gosto da palavra, seja em que contexto for dá-me calafrios no estômago... Sei que na nossa legislação, por exemplo, é este o termo que está convencionalizado e por isso tudo o que se refere a pessoas com dificuldades é designado com  esta palavra. Mas não gosto, talvez só quem tiver numa situação idêntica à minha consiga perceber a razão pela qual a palavra "deficiência" não faz parte do meu dicionário...

Sei que não é por eu e outras pessoas não gostarmos  que este termo vai deixar de ser utilizado, mas não é por isso que vou deixar de dizer o que penso e conformar-me...

Podemos e devemos ter um papel ativo numa sociedade de que também fazemos parte!



Pessoas com mobilidade reduzida, por exemplo....

Obrigada,
Até à próxima!